segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Espanha - Barcelona

Dia 23, 24 e 25 Outubro 2006 – Barcelona
Barcelona é a maior cidade e a capital da comunidade autônoma da Catalunha, no nordeste da Espanha; é, também, a capital da comarca de Barcelonès e da província de Barcelona. É a segunda maior cidade da Espanha, após Madrid, possuindo uma população de cerca de 1 621 537 habitantes e uma área de 101,4 km². A área urbana de Barcelona, porém, estende-se além dos limites administrativos da cidade e abriga uma população de mais de 4,2 milhões de habitantes numa área de 803 km², sendo a sexta área urbana mais populosa na União Europeia, após Paris, Londres, Vale do Ruhr, Madrid e Milão.

É a maior metrópole da Europa entre as localizadas na costa do Mediterrâneo. É a parte principal de uma união de cidades e municípios adjacentes chamada Área Metropolitana de Barcelona, com uma população de 3 186 461 habitantes numa área de 636 km² (densidade de 5 010 habitantes por km²). Barcelona está localizada na costa do Mediterrâneo, entre a foz do Rio Llobregat e a foz do Rio Besòs, sendo limitada a oeste pela Serra de Collserola (512 metros de altitude).


Em Barcelona, encontram-se as instituições mais importantes do governo da Catalunha: a Generalidade da Catalunha (governo autônomo) e o parlamento autônomo.
O nome Barcelona deriva do antigo Ibero Fenício Barkeno, inscrito numa antiga moeda em alfabeto Ibero como em grego antigo como Βαρκινών (Barkinṓn) e em latim como Barcino, Barcilonum e Barceno.
Durante a Idade Média, a cidade ficou conhecida como Barchinona, Barçalona, Barchelona e Barchenona.
Os primeiros vestígios de povoamento em Barcelona remontam ao final do período Neolítico (2000 a 1500 a.C.). Do século VII ao VI a.C., não está documentada a existência de povoamento de nenhuma tribo ibérica. Aparentemente, por essa mesma época terá existido uma colônia grega (Kallipolis) na região, apesar de os historiadores discordarem sobre a sua localização exata. Os cartagineses teriam ocupado a região durante a Segunda Guerra Púnica e, depois, os romanos instalaram-se no local.


Em sentido estrito, Barcelona terá sido fundada pelos romanos no final do século I a.C., sobre o mesmo assentamento ibérico anterior onde já se haviam instalado anteriormente desde o ano 218 a.C., e teria sido convertida numa fortificação militar, chamada de IVLIA AVGVSTA PATERNA FAVENTIA BARCINO, que estava situada sobre o então chamado MONS TABER, uma pequena elevação onde hoje está situada a catedral da cidade e a Praça de São Jaime. No século II, as suas muralhas foram construídas por ordem do Imperador Cláudio e, já no início do século III, a população de Barcino estava estimada entre 4 000 e 8 000 habitantes.
Barcino foi a cidade dos laietanos (ibéricos), que deu origem a cidade de Barcelona. Estava situada perto do Rio Rubricatus (Llobregat). A cidade já existia com um outro nome (a lenda atribui a sua fundação a Hércules, quatrocentos anos antes da fundação de Roma) quando foi, supostamente, refundada por Amílcar Barca, que lhe dá o nome. Depois os romanos se estabelecem na cidade.
No século V, Barcelona foi ocupada pelos visigodos de Ataúlfo (no ano 415) provenientes do norte da Europa. Em 531, Amalarico foi assassinado. No século VIII, a cidade foi conquistada pelo vizir árabe al-Hurr e iniciou-se um período de quase um século de domínio muçulmano, que terminou em 801, quando foi ocupada pelos carolíngios. Os carolíngios converteram-na em capital do Condado de Barcelona. A potência econômica da cidade e a sua localização estratégica fizeram com que os muçulmanos voltassem em 985, comandados por Almansor, ocupando a cidade durante alguns meses.
A partir do século XIV, a cidade iniciou uma era de decadência que se estendeu pelos séculos seguintes. A união dos reinos de Aragão e Castela, oficializada com o casamento entre os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, gerou um ambiente tenso entre catalães e castelhanos que chegou ao ponto mais crítico com a Guerra dels Segadors (de 1640 a 1651) e, posteriormente, com a Guerra da Sucessão Espanhola (de 1702 a 1714), que terminou com a abolição das leis institucionais próprias da Catalunha, com a destruição de boa parte do bairro da Ribera e com a construção da Ciutadella.
A partir do fim do século XVIII, Barcelona iniciou uma recuperação econômica que lhe favoreceu a industrialização progressiva do século seguinte. A segunda metade do século XIX coincidiu com o projeto de derrube das muralhas antigas que envolviam a cidade e outras cidades próximas foram incorporadas na cidade de Barcelona. Dessa forma, foram incorporadas na Grande Barcelona as cidades de Gràcia, Sarrià, Horta, Sant Gervasi de Cassoles, Les Corts, Sants, Sant Andreu de Palomar e Sant Marti de Provençals. Isso permitiu que a cidade executasse o projeto do Eixample e o desenvolvimento da indústria, feito que lhe permitiu entrar no século XX como um dos centros urbanos mais avançados de Espanha. Foi sede de duas Exposições Universais: uma em 1888 e outra em 1929.
A escalada da Guerra Civil Espanhola e a derrota das forças republicanas tornaram o panorama desfavorável novamente, uma vez que Barcelona havia-se posto ao lado da república. No final de 1939, as tropas franquistas ocuparam a cidade na última fase da guerra.
Depois de um pós-guerra dura para Barcelona, teve início uma fase de desenvolvimento sob o mandato do prefeito Josep María de Porcioles i Colomer. Toda a região próxima à cidade que ainda mantinha alguma tradição agrícola e rural aos poucos foi-se urbanizando, com grandes bairros cheios de imigrantes procedentes de outras partes da Península Ibérica. Restaurada a democracia após a morte do ditador Franco, um novo desenvolvimento cultural e urbanístico aconteceu, com uma crescente participação da população civil, dotando a cidade de grandes infraestruturas dignas de uma metrópole moderna e cosmopolita atrativa para o turismo. Nessa última etapa, celebraram-se os Jogos Olímpicos de Verão de 1992 e o Fórum Universal das Culturas em 2004.
Situada na província homônima, ao longo da costa do Mediterrâneo (41°23′N 2°11′E), entre o desaguar dos rios Llobregat e Besòs, o território de Barcelona está dividido em três áreas bem delimitadas: a Serra da Collserola (com 512 metros de altura, é o ponto mais alto da cidade. No seu topo, está localizado o Tibidabo), a planície e os deltas dos rios Besòs e Lobregat, que, juntamente com o litoral, delimitam seu território.
É conhecida também por cidade paralela, por ter ruas paralelas e perpendiculares.
Barcelona foi, historicamente, uma cidade muito ligada à indústria. Foi a primeira cidade em Espanha a acolher a Revolução Industrial e, apesar de ter tido algumas crises econômicas, é hoje o maior centro industrial do país.
O porto de Barcelona converteu-se, nos últimos anos, no mais importante do Mediterrâneo em tonelagem de mercadorias e contentores. Também é o primeiro porto mediterrânico em número de cruzeiros que fazem escala na cidade.

Importante centro de cultura, economia e política, Barcelona é uma referência não só dentro de Espanha como também no contexto da União Europeia.
Barcelona oferece ao visitante a possibilidade de percorrer a pé desde as ruínas romanas e a cidade medieval até os bairros do modernismo catalão, com seus edifícios característicos, suas ruas arborizadas e suas largas avenidas. A cidade antiga é praticamente plana, enquanto os bairros novos, à medida que se aproximam da Serra de Collserola, ganham um aspeto montanhoso.
Um dos lugares mais frequentados de Barcelona é a Rambla, uma passarela situada entre a Praça da Catalunha (Plaça de Catalunya) e o antigo porto de Barcelona (Port Vell). Ali, são encontradas quiosques de flores, cafeterias, restaurantes e lojas comerciais. Passeando pela Rambla, podem-se admirar vários edifícios de interesse, como o Palácio da Vice-rainha (Palau de la Virreina), o Mercado da Boqueria e o famoso teatro Grande Teatro do Liceu. Uma rua lateral à Rambla conduz à Praça Real (Plaça Reial): uma praça com palmeiras, edifícios, cervejarias, restaurantes e postes desenhados por Antoni Gaudí.

A Rambla termina junto ao porto antigo, onde o Monumento a Colombo aponta para o mar. Próximo dali, encontra-se o Museu Marítimo de Barcelona (Museu Marítim de Barcelona), dedicado sobretudo à história naval do Mediterrâneo e no qual se exibe a reprodução em escala real de uma antiga galera de combate. O porto antigo oferece outros atrativos, como o Mare Magnum: um centro comercial com lojas, restaurantes, um cinema IMAX e um aquário da fauna marinha mediterrânea.
O Templo Expiatório da Sagrada Família, iniciado pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí em 1883 estando inacabado e que continua sendo construído lentamente, como as catedrais na Idade Média. O seu final está previsto para lá de 2020. Outras das obras mais conhecidas de Gaudí são o Parque Güell (Parc Güell), a Casa Milà, também chamada de La Pedrera e a Casa Batlló. Além de Gaudí, Barcelona conta com outras jóias do modernismo catalão, como o Hospital de Sant Pau e o Palácio da Música Catalã de Lluís Domènech i Montaner, ou o Palácio Macaya e muitas outras obras de Josep Puig i Cadafalch.


Fora as obras modernistas, Barcelona também conta com relevantes obras pertencentes a outros estilos e períodos históricos. Dentro do período medieval destacam-se especialmente as obras góticas que proliferam em seu centro histórico, precisamente denominado Bairro Gótico como a Catedral de Barcelona. Nesse mesmo estilo, encontra-se ainda a Igreja de Santa Maria do Mar, caracterizada por sua austeridade e harmonia nas medidas.
Também possui distintas amostras de arquitetura contemporânea. Destacando-se o Pavilhão Alemão de Ludwig Mies van der Rohe, que foi construído para a Exposição Universal de Barcelona de 1929, assim como a Fundação Joan Miró do arquiteto catalão Josep Lluís Sert. Anos mais tarde, por causa dos Jogos Olímpicos de 1992, a cidade viveu uma etapa de grandes transformações que deram lugar a obras como o Palau Sant Jordi (ou Palácio de Esportes São Jordi) de Arata Isozaki, a Torre de Collserola de Norman Foster e a Torre de Montjuïc de Santiago Calatrava. Antes dos Jogos houve também a remodelação e ampliação do Aeroporto de Barcelona por Ricardo Bofill. Na etapa pós-olímpica, a cidade seguiu mantendo seu desenvolvimento arquitetónico, construindo edifícios como o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA), de Richard Meier, a Torre Agbar, de Jean Nouvel e os projetos de uma nova estação em La Sagrera, a Torre do Triângulo Ferroviário de Frank Gehry. Outras construções aconteceram por causa do Fórum Universal das Culturas, como o Edifício Fórum de Jacques Herzog e Pierre de Meuron.
Duas montanhas dominam a cidade convertidas em miradouros. O Montjuic é um pequeno monte situado junto ao porto, em cujo topo se encontra uma antiga fortaleza militar que serviu para vigiar a entrada de Barcelona pelo mar. Nesta montanha encontra-se ainda as instalações olímpicas, como o Estádio Olímpico Lluis Companys, o Palácio Sant Jordi e as Piscinas Picornell. Também pode ser visto em Montjuic, o jardim botânico, que dispõe de uma coleção única de cactus.


O Tibidabo, na parte alta da cidade é a outra montanha de Barcelona. Pode ir-se ao Tibidabo de carro, autocarro, elétrico e um funicular. No Tibidabo, encontram-se a Igreja do Sagrado Coração, visível de toda a cidade, o Parque de atrações de Tibidabo e a Torre de Collserola, antena de telecomunicações que dispõe de um miradouro.


Camp Nou ("Campo Novo", em catalão) é um estádio de futebol localizado na cidade de Barcelona, na Catalunha. Seu nome oficial é Estadi Futbol Club Barcelona. É um estádio 5 estrelas segundo a UEFA.


É o terceiro estádio que o FC Barcelona possui ao longo da história, posteriormente aos antigos Camp del Carrer Indústria, e Camp de les Corts.


Inaugurado em 24 de Setembro de 1957, quando o FC Barcelona abandonou seu antigo Estádio de Les Corts por ser muito pequeno, a primeira partida no novo estádio foi um amigável entre FC Barcelona e uma seleção de Varsóvia, com vitória catalã por 4 a 2. No primeiro jogo oficial, a contar para a 2ª jornada do Campeonato Espanhol de Futebol da temporada 1957-1958, entre FC Barcelona e Real Jaén, com uma vitória por 6 a 1 a favor dos catalães.

Foi projetado por Francesc Mitjans (1909-2006), um ilustre arquiteto nascido na cidade de Barcelona que foi figura chave para interpretar a renovação da arquitetura catalã a partir da década de 50.

O Camp Nou passou por algumas reformas, em 1981, o estádio foi ampliado para 150 mil lugares para o Campeonato do Mundo de 1982, disputada na Espanha. Em 1998, para obedecer às normas da UEFA, substituiu as áreas correspondentes ao peão por assentos, diminuindo sua capacidade para aproximadamente 95.000 lugares e é o maior estádio de clubes do mundo.


O Camp Nou é um dos estádios espanhóis catalogados com "Cinco Estrelas" pela UEFA. No estádio estão localizados a sede social e administrativa do FC Barcelona e o museu do clube. Fora isso, o complexo desportivo conta com um outro estádio, o "Mini Estadi" (com 20 mil lugares), o estádio da equipa base do Barça, o Barça B, um ginásio multiusos para oito mil pessoas e dormitórios para os jogadores das categorias de base do clube.



Mais de 1,3 milhões de pessoas visitaram em 2011 o Camp Nou, fora dos dias dos jogos da equipa catalã.


A Casa Milà, também conhecida como La Pedrera, é um edifício desenhado pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí e construída entre os anos 1905 e 1907. Está situada no número 92 do Passeig de Gràcia (passeig é catalão para "promenade" ou "avenida") no bairro Eixample de Barcelona, Catalunha, Espanha. Foi construída para Roger Segimon de Milà. É parte do Património mundial da UNESCO, juntamente com outras obras de Antoni Gaudí.


O edifício não possui quaisquer linhas retas. A maioria das pessoas considera-o magnífico e arrebatador; alguns dizem que se parece a ondas de lava ou a uma duna de areia. O edifício parece desafiar o nosso conceito de arquitetura convencional. O aspecto mais impressionante é o telhado, com uma aparência quase lunar ou de sonho.
O edifício pode ser considerado mais uma escultura do que um edifício convencional. Os críticos salientam a ausência de preocupação com a utilidade, mas outros consideram-no como arte. Os habitantes da cidade da altura consideravam-no feio, daí a alcunha de "pedreira", mas hoje em dia é um dos marcos da cidade.

Pode ser comparado com as pareces íngremes com que as tribos africanas constroem as suas habitações, semelhantes a cavernas. A fachada ondulada, com largos poros, lembra uma praia ondulante de areia fina, formada, por exemplo, por uma duna. Os favos feitos por abelhas atarefadas também salta à ideia do observador que olha para os altos e baixos, semelhantes a cobras, que percorrem o edifício inteiro.
São efetuadas exibições gratuitas no primeiro andar frequentemente, que também permite a oportunidade de ver o desenho interior. O acesso aos apartamentos e ao telhado requer o pagamento de uma taxa.


O Parque Güell, embora a grafia original fosse em inglês: Park Güell, é um grande parque urbano com elementos arquitetónicos situado no distrito de Gràcia da cidade de Barcelona, na vertente virada para o Mar Mediterrâneo do Monte Carmelo, não muito longe do Tibidabo. Originalmente destinado a ser uma urbanização, foi concebido pelo arquiteto Antoni Gaudí, expoente máximo do modernismo catalão, por encomenda do empresário Eusebi Güell. Construído entre 1900 e 1914, revelou-se um fracasso comercial e foi vendido ao Município de Barcelona em 1922, tendo sido inaugurado como parque público em 1926. Em 1969 foi nomeado Monumento Histórico Artístico de Espanha, e em 1984 foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, incluído no sítio Obras de Antoni Gaudí. No recinto do parque, numa casa onde Gaudí morou durante quase vinte anos, funciona desde 1963 a Casa-Museu Gaudí, cujo acervo inclui objetos pessoais e obras de Gaudí e de alguns dos seus colaboradores.

O parque foi concebido por Güell e Gaudí como um conjunto estruturado onde, dentro de um incomparável quadro de beleza natural, se situariam habitações de luxo, com todos os progressos tecnológicos da época e acabamentos de grande qualidade artística. Não se sabe ao certo o que Güell e Gaudí pretendiam alcançar, visto que não restam registos a esse respeito, mas parece óbvio que o parque se destinava a um grupo seleto e não ao público em geral, e que está recheado de referências a ideias, fantasias e ideais que eram importantes para ambos, como o catalanismo político e a religião católica, em todo caso com um certo caráter misterioso devido ao gosto da época por enigmas e adivinhas.

O Parque Güell é um reflexo da plenitude artística de Gaudí; pertence à sua etapa naturalista (década de 1900), período no qual o arquiteto catalão aperfeiçoou o seu estilo pessoal, inspirando-se nas formas orgânicas da natureza e pondo em prática uma série de novas soluções estruturais originadas na sua análise da geometria regrada. A isso acrescentou uma grande liberdade criativa e uma imaginativa criação ornamental; partindo de um certo barroquismo, as suas obras adquirem grande riqueza estrutural, de formas e volumes desprovidos de rigidez racionalista ou de qualquer premissa clássica. No entanto, embora contenha vários elementos característicos da fase final da carreira de Gaudí, como a preferência por colunas inclinadas e o uso do trencadís, o parque apresenta uma mistura de elementos de diferentes estilos (românico, barroco, dórico, pré-romano, etc.) que remete para as suas primeiras obras. Uma das características mais marcantes do Parque Güell é o contraste entre as texturas e cores dos diferentes materiais de construção (cerâmica brilhante e multicolorida versus pedra rústica castanha), tão apreciado pelos arquitetos modernistas.