domingo, 18 de junho de 2017

18 junho 2017 – Londres – Madame Tussauds, British Museum, Natural History Museum, e Harrods


Madame Tussauds, British Museum, Natural History Museum, e Harrods

Ultimo dia na cidade e ainda tanto para ver!




Deixamos as malas na receção do hotel e partimos em direção ao centro da cidade, mais propriamente até à estação de Baker Street, onde além da casa do detetive mais famoso do mundo, fica nas proximidades o também famoso Madame Tussauds.


Acho que toda a gente conhece o mais famoso museu de cera do mundo, mas será que conhecem a historia da personagem que dá o nome ao museu?

Marie Tussaud nasceu como Marie Grosholtz em 1761 em Estrasburgo, França. Sua mãe trabalhava como governanta do Dr. Philippe Curtius em Berna, na Suíça, um médico especialista em modelagem de cera. O Dr. Curtius ensinou a Tussaud a arte da modelagem de cera e cedo ficou fascinado com os dotes da pequena criança. Mudou-se para Paris levando a sua jovem aprendiza, com apenas 6 anos, com ele.


Tussaud criou a sua primeira escultura de cera em 1777 de Voltaire. Aos 17 anos, tornou-se tutora de arte da irmã do rei de França Luís XVI, de seu nome Madame Elizabeth, no Palácio de Versalhes. Durante a Revolução Francesa, foi presa por três meses aguardando execução, mas foi libertada após a intervenção de um amigo influente. A sua fama era tanta que criou mascaras de famosos como Jean-Jacques Rousseau e Benjamin Franklin.

As suas máscaras de morte foram mantidas como bandeiras revolucionárias e desfilaram pelas ruas de Paris.


Ela herdou a vasta coleção de modelos de cera do médico após a sua morte em 1794 e passou os 33 anos seguintes viajando pela Europa. Casou-se com François Tussaud em 1795, e o seu show itinerante adquiriu um novo nome: Madame Tussaud.

Em 1802, aceitou um convite de Paul Philidor, um pioneiro da fantasmagoria, para exibir o seu trabalho ao lado de seu no Lyceum Theatre, em Londres. Não se deu muito bem nesta parceria com Philidor a ficar com a sua parte dos lucros.


Ela não conseguiu regressar a França devido às Guerras napoleónicas, então decidiu viajar pela Grã-Bretanha e Irlanda exibindo a sua coleção.

A partir de 1831, após vários arrendamentos curtos de um andar superior de "Baker Street Bazaar" (no lado oeste de Baker Street, Dorset Street e King Street), este tornou-se o primeiro lar permanente de Tussaud em 1836.


Sobre o museu, achamos que não é necessário dizer muita coisa, já que o Museu de CeraMadame Tussauds é mundialmente conhecido e a marca tem “ramificações” em 12 países. Mas foi em Londres que tudo começou.
Aqui encontramos estátuas perfeitas de grandes estrelas do mundo artístico e personalidades históricas, como os Beatles, Churchill e Gandhi. E a produção não para: popstars emergentes rapidamente ganham a sua versão de cera no museu.

Apesar do preço alto, a visita ao museu de cera vale a pena – principalmente se não tiverem visitado outro Madame Tussauds, claro. É quase impossível não se divertir tirando fotos ao lado dos Beatles, da Família Real e de diversos outros ícones da história. Com alguma disposição, entramos no clima num instante.


Cada uma das salas apresenta um grupo de celebridades e normalmente elas estão reunidas com algum critério. Por exemplo, os casais costumam ficar abraçados ou perto um do outro. E a atenção ao detalhe é tão grande: um dia depois do anúncio da separação de Brad Pitt e Angelina Jolie, em 2016, os funcionários do museu já separaram as estátuas.

Esta dedicação e busca pela verosimilhança encontra-se em todas as etapas da visita. Se pararmos ao lado de uma das estátuas, ficamos surpreendidos, na maioria dos casos, com o grau de realismo que elas possuem. É de ficar de boca aberta (mesmo!).


Além da exposição principal, com as personalidades em cera, o museu oferece ainda outra opção de entretenimento, incluída no pacote: um cinema 4D com heróis da Marvel.

Foi o filme 4D mais porreiro que vimos até hoje, bem conseguido com excelentes sensações e efeitos 4D ao nível do que esperamos sentir.


Como não havia tempo a perder saímos, literalmente a correr para apanhar um autocarro em direção ao Museu Britânico.

Deixamos 2 dos museus mais importantes de Londres para este ultimo dia! Aparentemente pode parecer uma má opção, mas a razão desta opção tem a ver com o facto de neste dia já não termos o London Pass e estes museus serem grátis. E como pretendíamos fazer uma visita ligeira aos museus (já tínhamos visitado o museu em 2006, e nessa altura passamos uma tarde inteira em cada um dos museus que visitamos neste dia!), achámos que era exequível fazê-lo neste ultimo dia. E foi, mas um bocado à pressa!

Se tivermos de identificar três museus no mundo inteiro que ficaram na memoria até ao fim da nossa vida, um deles deve ser o British Museum, o Museu Britânico, em Londres. Só para ter uma ideia, uma vaga ideia: este museu alberga 8 milhões de peças históricas de toda a humanidade!


Quando fundado, o Museu Britânico foi o primeiro grande museu público, gratuito, secular e nacional em todo o mundo. E o segundo museu moderno do planeta, depois do Museu de Oxford. Foi pioneiro nos métodos museológicos, trazendo relíquias da História Universal. No seu acervo permanente, conta com máscaras aztecas, moedas do período helenístico, esculturas egípcias e gregas, além da Pedra de Roseta e partes do Partenon de Atenas.



Fundado em 1753 e aberto ao público em quinze de janeiro de 1759, depois da aprovação do Rei Jorge II. Inicialmente, não era mais do que um amontoado de objetos sem nenhuma classificação ordenada. 


Já no século XIX, foi estabelecido um modelo que se tornou quase obrigatório para todos os museus modernos: exposições de entretenimento educacional combinadas com uma biblioteca para pesquisas dos eruditos e académicos.


Grande parte das fotos relativas à visita ao museu são da Beatriz pois a dada altura decidi ficar sentado na esplanada de um bar (ou parecido com isso!) existente no exterior a desfrutar do sol radioso que fazia àquela hora. A Virgínia e a Beatriz optaram por explorar um pouco mais o museu. Eu, não passei do átrio, confesso!


Como não havia tempo a perder, mais uma vez usando os autocarros públicos partimos em direção a um dos museus que mais gostamos em Londres: o Natural History Museum, ou seja, o Museu de História Natural de Londres.




O museu oferece um passeio recheado de curiosidades, conhecimento e..., ossos!


As duas principais exposições são as dos mamíferos e dos dinossauros, com réplicas e esqueletos de encher os olhos e aguçar a imaginação de quem gosta da beleza das ciências naturais.

Com entrada gratuita, o Museu de História Natural localiza-se em South Kensington, uma área muito bonita para um passeio a pé, na mesma rua de outros dois museus muito interessantes, o Museu de Ciências, que visitamos antes e o Victoria & Albert Museum, que optamos por não visitar pela temática pouco interessante para nós.

 
Fundado em 1881, o museu não é só para quem quer ver dinossauros. No museu temos peças de Botânica, Entomologia, Mineralogia, Paleontologia e Zoologia.


Interativa e informativa na medida certa, a visita vale a pena para a família toda. Mas, para as crianças, certamente a graça estará nos dinossauros gigantes!



Terminada a visita, como eram horas de almoçar resolvemos regressar a pé em direção ao Harrods e almoçaríamos em algum sitio que encontrássemos. Mais uma vez foi num EAT, mesmo junto aos famosos armazéns!



Pretendíamos visitar o Harrods, especialmente para apreciar o memorial que lá existe aos falecidos Dodi Al Fayed e à princesa Diana, mas acabamos por não o fazer.

No interior do Harrod's, Moahmed Al-Fayed, dono dos armazéns na altura do acidente, construiu um memorial ao filho Dodi e a Diana. É bonito, lembra bem a princesa amada pelo povo, mas está num ambiente kitsh, cheio de leões, esfinges e colunas egípcias. Até acredito que Al Fayed (também!) o tenha feito para chamar clientes, pois está sempre repleto de turistas, que acabam sempre por comprar qualquer coisa.

Como ultima visita antes do regresso planeamos gastar as ultimas libras que ainda tínhamos, onde? Na maior loja de brinquedos do mundo! Não sei porquê, mas nestas grandes cidades existem sempre estas coisas de dimensão brutal!

Equivalente à Fao Schwarz de Nova York, a Hamleys é a maior loja de brinquedos de Londres, e do mundo, como já referimos! O lugar tem sete andares destinados às crianças de todas as idades.

Localizada na Regent Street, a Hamleys oferece tudo para entreter os pequenos: pianos gigantes que podem ser tocados com os pés, caixas com truques de magica, barcos com controlo remoto, pequenos aviões de todo tipo, bonecas de todos os tamanhos, maletas de maquilhagem e muito, muito mais acessórios que nós realmente não podemos nem imaginar!

Devido ao seu tamanho, à beleza de sua fachada e à variedade de produtos que vende, a Hamleys recebe mais de 5 milhões de visitantes todo ano. No Natal, a loja ganha uma iluminação especial e torna-se um ponto ainda mais turístico.

A loja foi bombardeada cinco vezes durante a Segunda Guerra e depois disso recebeu o selo Real da Rainha Elizabeth II.

Para quem estiver com curiosidade compramos uma boneca para Sofia, que tinha ficado em Portugal e um relógio exclusivo do Harry Potter para a Beatriz que ficou fascinada com a série e agora anda a ler os livros, em vez de ver os filmes!




E com tudo isto eram horas de regressar ao hotel, apanhar as malas e regressar a casa, mas com umas pequenas alterações ao inicialmente previsto, pois como ao fim de semana aproveitam para realizar obras nos comboios tivemos que apanhar o comboio de regresso ao aeroporto numa estação diferente.

Chegamos ao aeroporto de Stansed ainda com bastante tempo para o horário da partida do nosso voo, pelo que pudemos tranquilamente jantar antes de embarcar no avião de regresso ao Porto.

O aeroporto é pequeno e com um numero relativamente reduzido de espaços comerciais, já as portas de embarque podem ser distantes e atribuídas em cima da hora o que faz com que tenhamos de correr até elas, principalmente para evitar o envio das bagagens para o porão!


A viagem foi tranquila, infelizmente num dia em que as vitimas do incêndio de Pedrogão Grande tinham aumentado drasticamente e o assunto entre os portugueses era mesmo esse.

Único ponto negativo, a confusão durante o embarque com as habituais tentativas de troca de lugares e a chico-expertise de muitos que indiscriminadamente se sentavam nos lugares de outros passageiros e quase negando-se a mudar de lugar quando o seu “dono” tinha pago pela marcação do mesmo. Ridículo!


Chegamos a Portugal já tarde e assim que desembarcamos regressamos imediatamente a casa, pois o dia seguinte já era dia de trabalho.

Deixamos aqui o video habitual da nossa viagem de regresso:

 
E assim termina mais uma aventura, desta vez por terras de sua majestade!

A próxima? Não sabemos onde o acaso no levará!