sábado, 17 de junho de 2017

Londres - 17 junho 2017 – Greenwich, Science Musuem, Plataforma 9 ¾, e The Sky Garden


17 junho 2017 – Londres – Greenwich, Science Museum, Plataforma 9 ¾, e The Sky Garden

Sábado e de férias! Ingredientes perfeitos para ficar a dormir até mais tarde, mas não podíamos! Ainda tínhamos muito que visitar!


Os nossos planos para este dia previam sairmos um pouco do centro e passar um dia mais tranquilo usufruindo dos jardins de Greenwich e apreciando a sua vista privilegiada para os arranha-céus do centro da cidade de Londres.

Como amantes assumidos de barcos, navios e afins fomos até Westminster onde fica localizado uma das paragens dos ferrys da Thames Clippers que fazem a ligação entre o centro de Londres e a pitoresca região de Greenwich, localizada a Sudeste de Londres.


A viagem dura cerca de 30 min e como bónus temos direito a uma perspectiva diferente da cidade: aprecia-la desde o leito do Tamisa num dia de calor como à muito não se via em Londres.


O ferry parou junto à Torre de Londres para deixar e recolher passageiros e rumou a Greenwich. 


Prevíamos chegar mais cedo, mas a paragem longa a meio do percurso deu cabo das nossas previsões. Mas nada de grave pois deu para visitar o que queríamos!


Para perceber o que é Greenwich e o que representa para o mundo moderno, temos de fazer aqui umas revisões da matéria dada no secundário. Vamos tentar fazer isso sem ser aborrecido, pelo que vamos aqui partilhar uma explicação que encontramos num outro local, adaptando-a.


Temos de relembrar que meridianos são linhas imaginárias de longitude que cortam a terra verticalmente. Elas são representadas por semicírculos máximos, que ligam os dois pólos de um planeta e dividem o globo como se ele fosse uma laranja cheia de gomos.


Também chamada de “meridiano inicial”, a linha de Greenwich é usada como referência para dividir a terra entre os hemisférios ocidental e oriental, já que marca a posição de longitude 0º. A partir dela, cada fuso horário é correspondido por uma faixa de 15 graus de longitude, partindo do parâmetro da hora de Greenwich – ou Greenwich Mean Time (GMT).


A escala de longitude, a partir das observações dos cientistas sobre o tempo “solar”, com base na rotação da terra, foi estabelecida por George Biddell Airy, em 1851. Mas foi só em 1884, na cidade de Washington (EUA), que a padronização de horários e datas foi aceite e passou a ser implementada mundialmente.


Chegados ao “pier” de Greenwich é impossível não vislumbrar o Cutty Sark.


Ancorado em Greenwich, o Cutty Sark que fez fama nos oceanos, ao aposentar-se, foi transformado num museu. Parte dessa história pode ser conhecida no seu interior.


No final chegaremos à conclusão que a visita valeu a pena e que é uma excelente opção para quem procura museus diferentes em Londres.


Construído em 1869, o Cutty Sark fez a sua primeira viagem no ano seguinte. Na época, o comércio de chá entre a Inglaterra e a China era extremamente lucrativo. Com isso, a velocidade dos navios fazia a diferença na dura competição entre os comerciantes.


E foi exatamente graças à sua velocidade, que o Cutty Sark construiu a sua grande reputação.


Com o tempo, a sua tecnologia foi ultrapassada. Rebaixado, ele passou a fazer o transporte de lã, entre a Austrália e Inglaterra. Depois de ter passado por mãos de proprietários portugueses (sim, o Cutty Sark já foi nosso!), em 1954, o Cutty Sark chegou ao seu porto definitivo, Greenwich.

Hoje, é mais um dos museus originais em Londres e paragem obrigatória para quem vai Greenwich.


Durante uma reforma, em 2007, o navio foi atingido por um incêndio devastador, que quase determinou o fim da sua longa história.


Na visita, podemos conhecer o Cutty Sark depois do minucioso trabalho de restauração, para, numa cerimónia que contou com a presença da Rainha Elizabeth e do Príncipe Philip, no dia 25 de abril de 2012, ele ser reaberto ao público.


Entre outras coisas, podemos conhecer as acomodações do capitão do navio. Estas foram mantidas como eram no original. Outra atração é a estrutura do casco. Com parte da estrutura original mantida, podemos ver o navio de um ângulo muito especial: o exterior do Cutty Sark visto de baixo. Para que isso fosse possível, foi necessário elevar toda a estrutura a uma altura de 3 metros.


Mas não foi o Cutty Sark que nos levou a Greenwich, mas sim o Observatório Real de Greenwich|


Se hoje Greenwich é uma localidade histórica tão importante, muito se deve ao fato de lá estar o Observatório Real de Greenwich.


O Observatório foi fundado por ordem do Rei Carlos II, para auxiliar o desenvolvimento de conhecimentos astronómicos indispensáveis para a navegação.


O local foi palco dos primeiros testes com cronómetros para cálculos de longitude. Pelo observatório passaram grandes astrónomos, como John Flamsteed (1646-1719) e Edmond Halley (1656-1752), pesquisador do famoso cometa batizado em seu nome. Ambos foram os primeiros detentores do título de “Astrónomo Real Britânico”.


Após um passeio pelas ruas da localidade entramos no jardim que dá acesso ao Observatório Real. Os últimos metros até lá chegarmos colocam a nossa vontade de o conhecer à prova pois a sua inclinação torna difícil a chegada. Ainda bem que são apenas algumas dezenas de metros!

O Observatório Real de Greenwich proporciona a melhor vista do Parque de Greenwich. Podemos apreciar as belezas da Universidade de Greenwich, os prédios de Canary Wharf, a City e o Millennium Dome. Além disso, podemos pisar a linha do meridiano e ficar com um pé a Leste e outro a Oeste do planeta. Uma brincadeira que quase todos os visitantes fazem…!


O Observatório é composto pela Flamsteed House, o prédio original do Observatório Real, desenhado pelo arquiteto e astrónomo Sir Christopher Wren em 1675, sob orientação do Rei Charles II.

O observatório foi construído onde antes existia o Greenwich Castle, que pertenceu a Humphrey, Duque de Gloucester e irmão de Henry V.


Os visitantes podem conhecer as salas e os apartamentos onde os astrónomos e as suas famílias moravam e trabalhavam. John Flamsteed foi o primeiro de 15 astrónomos reais, que procuravam desvendar os segredos das estrelas, do tempo e do espaço.


A Time Ball, no topo da Flamsteed House, foi usada pela primeira vez em 1833, com o intuito de informar o tempo aos navios, e ainda funciona atualmente.


Todos os dias, às 12h55, a bola eleva-se até metade do mastro. Às 12h58, atinge o topo. E às 13h, exatamente, ela desce, sinalizando para todo o mundo que são 13h.


No local do Meridiano de Greenwich, podemos tirar as referidas fotos sobre a mesma linha do Meridiano de Greenwich. Colocando um pé de cada lado, estaremos metade no Leste e metade no Oeste do mundo.


Temos também, o telescópio de Greenwich, com uma lente de 71 centímetros, é o sétimo maior do mundo do seu tipo e o maior do Reino Unido. Foi construído em 1893 e deixou de funcionar na década de 1960. Embora não seja mais utilizado como instrumento de descoberta científica, ainda tem uma grande utilidade: foi convertido em um telescópio educacional. Desta forma, os estudantes podem agendar visitas e desbravar o universo com o telescópio, orientados pela equipa do observatório.


Ainda temos, The Peter Harrison Planetarium, o único planetário de Londres.


Aqui realizamos um passeio pelo universo com imagens reais de telescópios e sondas espaciais e animações bastante convincentes, seja no centro do sol, durante o nascimento de uma estrela ou numa aterragem em Marte.


Em suma, demos por bem empregue o tempo que passamos dentro do Observatório e apenas tenho a lamentar uma queda que dei num dos pequenos muros junto à linha do meridiano e que ao cair desamparo deixou todos os visitantes a olhar para mim e a perguntar se estava bem ou se precisava de ajuda. Dispensava o protagonismo!


Decidimos que não visitaríamos mais nada durante a manha e desceríamos até ao nível do rio pelos jardins aproveitando o bom tempo e a excelente luz solar para tirar umas fotos.


Oportunidade para apreciar o exterior da Queen's House, um palácio desenhado e construído entre 1614 e 1617 pelo arquiteto Inigo Jones, no início da sua carreira arquitetónica, para a Rainha Ana da Dinamarca, a esposa do Rei Jaime I.



Como já tínhamos visto o que pretendíamos regressamos ao centro da cidade no primeiro ferry disponível.


Aproveitamos e fomos até ao bar do ferry onde comemos umas sandes daquele tipo máquina automática. O que vale é que não fazemos este tipo de alimentação diariamente senão…!


Os nossos planos após o almoço passavam pelo Museu de Ciências, pelo que fomos até ao “Tube” e deparamo-nos com obras na linha de metro e a nossa estação de destino era a ultima a funcionar.


Tivemos sorte mas a confusão era enorme!


O Museu de Ciências de Londres (Science Museum) é um museu interativo que aproxima os seus visitantes ao mundo da ciência e da tecnologia de um modo divertido e interativo, o que faz deste museu um dos preferidos pelas crianças e adultos com espírito de cientista.


O museu foi criado em 1857 para juntar alguns objetos da Grande Exposição de Londres de 1851 com a coleção da Real Sociedade de Arte. No início, o museu fazia parte do South Kensington Museum, juntamente com o Victoria and Albert Museum, mas em 1858 separaram-se e cada um seguiu o seu caminho.


Desde 1928 o museu situa-se no seu endereço atual em South Kensington, onde alberga mais de 300.000 objetos que formam as coleções de ciência, tecnologia, indústria e medicina mais completas do mundo.


Alguns dos objetos mais destacados do museu são a máquina de vapor de Newcommen (1712), a máquina calculadora de Babbage (1832) e o módulo de comando de Apollo X (1969).


Ao longo dos sete andares do museu é possível ver carros, aviões, motores e uma infinidade de invenções que marcaram o curso da história, além de centenas de experiências interativas com as quais se pode interagir e aprender como funcionam todo tipo de coisas.


As exposições do museu estão divididas por áreas de conhecimento e incluem diversos campos, desde o início da informática até a evolução da medicina, passando pela história das viagens espaciais e o avanço das telecomunicações.


Embora já se notar o passar do tempo pelas suas instalações, o Museu da Ciência de Londres é um dos mais interessantes e completos alusivos à sua temática. 


Torna-se um destino obrigatório, se viajarmos com crianças, e além do mais a sua exposição permanente é grátis.


O museu conta também com algumas zonas que exigem pagamento, como o cinema IMAX e um simulador de realidade virtual. Nós, por termos o London Pass fomos assistir a um filme no cinema Imax, mas não gostamos de todo. O tema o filme (a formação da galáxia!) também não ajudou a quebrar o cansaço que, entretanto, já acumulávamos.


Terminada a visita e como ainda tínhamos tempo até à hora que marcamos a visita ao Sky Garden, sugerimos à Beatriz ir fazer uma visita ao Harry Potter a Hogwarts. Ela ficou atónita pois não percebeu o que iria acontecer. Quando descobriu, só dizia: fixeeeeee!


A plataforma 9 ¾ da estação King’s Cross, em Londres, é local de paragem obrigatória para os fãs de Harry Potter. Na história, o jovem bruxo e os seus amigos utilizam uma passagem secreta numa parede da estação para apanhar o Hogwarts Express, o comboio que conduz os alunos à escola de bruxaria dirigida por Albus Dumbledore.



Em homenagem aos fãs da série, a estação possui, efetivamente uma plataforma 9 ¾, com direito a placa na parede e um carrinho de bagagens do qual apenas se pode ver a metade que ainda não atravessou a passagem para o outro lado.


O nosso conselho é deixarem esta atração turística que pode ser deixada para a noite, quando outras atrações já fecharam. Depois das 20h, há pouco movimento no local, o que favorece as fotos de quem deseja posar na posição de bruxo e sonhar, por alguns instantes, em ir para Hogwarts também. Nós, apenas fomos ao final da tarde pois ainda tínhamos algum tempo livre e a fila para as fotos demorou cerca de 30 min.


De salientar que existe no local uma loja com artigos alusivos ao filme, inclusive tirando fotos. O que fizemos foi ficar na fila, tirar as fotos com os adereços que eles utilizam (cachecóis!) e tiramos as nossas próprias fotos, não comprando as oficiais.


E daqui partimos para o nosso ultimo destino (penúltimo, se contarmos com o jantar!).


Muito tínhamos lido sobre os melhores locais para ver Londres desde o alto. O primeiro nome que aparecia era do edifício mais alto de Londres, o A apresentar resultados para edifício mais alto de Londres, o The Shard, com os seus 309 mts de altura! O problema deste edifício é que a sua visita é cara, mesmo oferecendo uma taça de champanhe!


A nossa escolha, e ao mesmo tempo a nossa dica é o Sky Garden, que também é alto e é grátis.


20, Fenchurch Street é o endereço e o nome oficial do prédio que, devido a sua forma peculiar, recebeu o apelido de Walkie-Talkie.


Este Walkie-Talkie é um prédio comercial localizado na região financeira da cidade – a City – mas, diferente dos seus vizinhos, tem no último andar uma área aberta ao público com visão para toda a cidade.


Tal como referimos o acesso é gratuito, mas tem que ser reservado antecipadamente (até 3 semanas!) por internet. Atenção que dependendo da data e hora pretendidas a disponibilidade esgota rapidamente por isso é programar com tempo.


Ao chegar ao prédio, entramos numa fila onde apresentamos a reserva (em papel ou no telemóvel) e somos obrigados a passar por um controlo de segurança, tipo aeroporto.


Em seguida, é só apanhar o elevador que nos leva rapidamente até ao trigésimo-quinto andar do prédio, onde fica o Sky Garden.


Logo à primeira vista já impressiona, pois no centro da imensa janela, deparamo-nos com o The Shard, o já falado prédio mais alto de Londres, que fica na margem oposta do Tamisa.


Neste primeiro nível, apenas temos um bar com algumas mesas, onde podemos beber qualquer coisa. Não experimentamos por isso não sabemos os preços.


Nas laterais, existem escadas que nos levam até ao segundo nível do jardim, e no meio de tudo vemos uma “caixa” onde funcionam dois restaurantes, o Darwin Brasserie e o Fenchurch Restaurant. Não entramos nos restaurantes mas a vista dos mesmos não parece ser nada de especial, já que ficam muito afastados das grandes janelas de vidro.

À medida que vamos subindo, vemos a magnifica cidade aos nossos pés. Do lado leste, a Torre de Londres e a Tower Bridge estão ali mesmo ao lado, mas em dias limpos é possível ver para além de Canary Wharf.

No nível superior, a grande janela é voltada para o norte da cidade. Lá podemos apreciar os outros dois prédios famosos da City: o Cheesegrater e o Gherkin, o prédio em forma de “supositório”.


Não ficamos muito tempo, apenas o suficiente para tirar algumas fotos e apreciar a vista.

A fome já apertava pelo que fomos até Leicester Square onde entramos num restaurante (italiano, é claro!) e jantamos. Escolhemos invariavelmente esta praça para terminar o dia pois a ligação do “tube” desde aqui até Victoria Station era muito pratica e rápida.


Jantamos pizza e massa, acho que pagamos cerca de 60€. Isto por pizzas agora imaginem outro tipo de comida.

E depois do jantar regressamos ao hotel, pois tínhamos que preparar as malas pois regressaríamos a Portugal no dia seguinte.


Mas ainda passaremos grande parte do dia na cidade, pois ainda há muito que ver!


Até amanha!

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